terça-feira, 20 de maio de 2014

Contos infantis

A literatura mundial e também nacional é rica em contos, voltados, especialmente, às crianças desde os seus primeiros anos de vida. Escritores e poetas, utilizando-se de sua imaginação fértil, elaboraram e elaboram instigantes ficções das mais variadas formas. O objetivo é o de despertar a atenção e o interesse dos pequenos e pequenas, a fim de que ampliem suas capacidades de entendimentos das pessoas, da natureza (animal e vegetal) e do mundo, existente volta deles e delas.

A partir da magia do “faz de conta que...” a realidade da vida ganha alcances mais amplos. Os olhos e os ouvidos das crianças se abrem ao encantamento de um mundo pleno de possibilidades de atender aos anseios de quem ainda tem uma vida inteira a ser vivida. A fantasia se ativa, levando-as a experimentarem novas emoções.  Em grande parte desses contos, o bem e o mal se digladiam em disputas dramáticas que só terminam quando a estória também termina: ...“o príncipe e a princesa se casaram, tiveram muitos filhos e foram felizes para sempre”.   

Não faz muito tempo, a única opção era a de ler os contos infantis nos próprios livros. Hoje, o leque de possibilidades se abriu muito. Contadores de histórias, apresentações de teatro, filmes, revistas em quadrinhos, tabletes e outros meios permitem a liberdade de escolha. Com alguma boa vontade e esforço, também podemos nos transformar em contadores de histórias, lendo-as às crianças, diretamente dos livros, ou recontando-as à nossa maneira e com as nossas próprias palavras.

Os mais conhecidos contos infantis se tornam referência no universo mental das crianças e dos adultos, servindo como material a ser utilizado em nossas comunicações mútuas. A familiaridade com tantas estórias ajuda à fixação de idéias e à interação entre essas mesmas idéias, num processo de aproximações e de distanciamentos que, pouco a pouco, permite ao leitor passar de um extremo a outro nos pensamentos e nas emoções e sentimentos.


O simples fato de a criança se predispor a ler ou escutar estórias já se constitui como um elemento importante para sua formação e transformação. Gradativamete, as idéias expressas com simplicidade vão se unindo umas às outras, dando-lhes a possibilidade de passarem a dimensionar um todo completo com suas diversas partes, encaixando-se como começo, meio ou fim. 

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Dar e receber

O equilíbrio entre essas duas formas de agir é um indício do respeito e consideração que nos damos e que damos aos outros. Se desejamos crescer humanamente, é importante percebermos nossa maneira de agir e de sentir e o quanto essa maneira nos faz bem ou mal, nos constrói ou nos destrói em nosso ser total e ao ser dos outros, edificando-os como gente.
Ao constatarmos que estamos fazendo mal a nós mesmos ou aos outros, pelo que vai de nós ou pelo que vem a nós, o que devemos fazer? –   Se, embora façamos esforços, não conseguimos resultados satisfatórios em nossos empenhos é preciso que busquemos conhecer-nos de maneira ainda mais profunda. Só assim poderemos desvendar alguns de nossos segredos escondidos, que expliquem as barreiras que nos impedem de ampliar-nos em nossas capacidades.
A educação e a deformação que recebemos, a história de vida que tivemos, nossas experiências passadas, podem ter sido responsáveis por não termos desenvolvido quer a atitude espontânea de dar, quer a atitude de receber com naturalidade. Vasculhar esse imenso baú do passado pode ajudar-nos a encontrar um maior equilíbrio. Talvez, alguns condicionantes tenham se instalado em nosso ser inteiro, sequestrando-o de certa forma. Quebrar esses condicionamentos não é tarefa tão fácil de realizar. Passar da atitude infantil, de apenas receber, para a atitude adulta de, também, ser capaz de dar com gratuidade pode exigir força de vontade e determinação de nossa parte.
As trocas recíprocas devem servir ao crescimento de nosso ser pessoal. Devem ajudar-nos a sermos felizes com aqueles com quem interagimos e convivemos. Quanto melhor aprendermos a lidar conosco mesmos, ao darmos e ao recebermos, pelo que pensamos e sentimos, maior satisfação e motivação encontraremos em nossas vivências do dia a dia.
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quinta-feira, 8 de maio de 2014

Gênero

É menino ou menina?... Esta é uma das primeiras curiosidades, ao se ter notícia de algum novo nascimento. Os seres humanos se distinguem entre gêneros masculino e feminino. No discurso, muitos reconhecem a igualdade de direitos entre homens e mulheres; na ação, porém, esse reconhecimento não aparece com a mesma frequência e intensidade.

Questões de gênero” são problemas, gerados pelas desigualdades de direitos entre os sexos. Pessoas são discriminadas exatamente por serem ou do sexo masculino ou do sexo feminino. Em nosso ambiente cultural, as discriminações que mais aparecem são as relativas ao sexo feminino. Pode acontecer de uma mesma pessoa sofrer várias discriminações: por ser mulher, negra, pobre, analfabeta e portadora de alguma deficiência física. As questões de gênero dizem respeito apenas às discriminações por causa da condição sexual.

Embora, nos últimos anos, as mulheres tenham conquistado muitos direitos, que antes não tinham; ainda hoje, em algumas culturas mais e em outras menos, desigualdades e injustiças são praticadas contra mulheres, exatamente pelo fato de pertencerem ao sexo feminino.

Ao nascermos, encontramos o mundo aparentemente organizado e pronto. Dele recebemos a noção de certo e de errado. Na medida em que desenvolvemos um espírito crítico, vamos percebendo como certos preceitos e normas não resistem a uma visão mais aprofundada e coerente. Da consciência e do esforço de todos é que nascem formas mais justas de tratamento entre as pessoas. Não é preciso grande esforço para constatar que, no campo profissional, os postos que envolvem mais poder, raramente são ocupados por mulheres. Nesses postos, a mulher, se está presente, ainda é exceção e não regra.

É comum, também, observar que, no trabalho, em funções da mesma importância, mulheres ganham menos do que homens. Apurando melhor o olhar e a audição, sem paranóias, podemos perceber ainda muitas outras discriminações com relação à mulher, nos meios religiosos, nas famílias e nos relacionamentos sociais em geral.

As discriminações não vêm apenas da parte dos homens. Mulheres as praticam umas com as outras. A educação que grande parte das mães dá a filhos e filhas, naturalmente, reproduzem modelos machistas. Precisamos de muita atenção e espírito crítico para evitarmos retrocessos nessa evolução, tão necessária para o avanço da justiça e da paz no mundo.

Por José Morelli

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Eutrapelia

Sempre que fazemos uso de uma palavra ou frase, que expresse o que intencionamos e seja mais capaz do que outra de suavizar o sentido do que dizemos, não ferindo os ouvidos de quem ouve, estamos nos utilizando de um eufemismo.

É comum as crianças pequenas usarem as palavras sem se preocuparem se estão ou não diante de alguma visita menos íntima. Nessas horas, pais e mães se enrubescem de vergonha e procuram um jeito de corrigi-las ensinando-lhes outras palavras mais aceitas socialmente e que significam a mesma coisa, assim como: “pum”, “pipi”, “bumbum”, “xoxota”, etc. Essas palavras são eufemismos muito utilizados junto às crianças e que se adequam a uma linguagem infantil, menos agressiva, mais educada e aceita por todos.

Por outro lado, nos momentos em que queremos extravasar nossa indignação e raiva, fazemos questão de dispensar os eufemismos. Eles não são nada adequados nesses momentos. Os palavrões precisam de expressões e frases de sentidos fortes, que choquem os ouvidos e o espírito de quem os escuta, que agridam as pessoas a quem queremos ofender, 
bem como àqueles que fazem parte de suas gerações passadas: pai, mãe, avô, avó,... 

Os meninos, na medida em que crescem, vão sendo iniciados no uso de palavrões. As torcidas de futebol acham bonito tratar os adversários com desprezo e agressividade. O espírito competitivo leva a buscarem auto afirmação, utilizando-se de uma infinidade de modos ofensivos de agredirem, principalmente, juízes, time e torcedores adversários. Com isso, os meninos experimentam a sensação de botarem para fora seus instintos agressivos, de forma catártica, sem se sentirem culpados.


O eufemismo é como uma embalagem mais bonita e aceitável, do que dizemos ou escrevemos. Uma roupagem que permite a entrada de certos conceitos em ambientes mais sensíveis ou exigentes. No cinema, imagens são utilizadas como eufemismos: a morte é representada por um vento que faz esvoaçar as cortinas da janela, um pássaro voando ou um balão de gás que se desprende e sobe para o céu; a paixão ou o envolvimento sexual costumam ser representados pela chama de uma vela acesa ou pelo fogo crepitante de uma lareira. 

Eufemismo

Sempre que fazemos uso de uma palavra ou frase, que expresse o que intencionamos e seja mais capaz do que outra de suavizar o sentido do que dizemos, não ferindo os ouvidos de quem ouve, estamos nos utilizando de um eufemismo.

É comum as crianças pequenas usarem as palavras sem se preocuparem se estão ou não diante de alguma visita menos íntima. Nessas horas, pais e mães se enrubescem de vergonha e procuram um jeito de corrigi-las ensinando-lhes outras palavras mais aceitas socialmente e que significam a mesma coisa, assim como: “pum”, “pipi”, “bumbum”, “xoxota”, etc. Essas palavras são eufemismos muito utilizados junto às crianças e que se adequam a uma linguagem infantil, menos agressiva, mais educada e aceita por todos.

Por outro lado, nos momentos em que queremos extravasar nossa indignação e raiva, fazemos questão de dispensar os eufemismos. Eles não são nada adequados nesses momentos. Os palavrões precisam de expressões e frases de sentidos fortes, que choquem os ouvidos e o espírito de quem os escuta, que agridam as pessoas a quem queremos ofender, bem como àqueles que fazem parte de suas gerações passadas: pai, mãe, avô, avó,... 

Os meninos, na medida em que crescem, vão sendo iniciados no uso de palavrões. As torcidas de futebol acham bonito tratar os adversários com desprezo e agressividade. O espírito competitivo leva a buscarem auto afirmação, utilizando-se de uma infinidade de modos ofensivos de agredirem, principalmente, juízes, time e torcedores adversários. Com isso, os meninos experimentam a sensação de botarem para fora seus instintos agressivos, de forma catártica, sem se sentirem culpados.


O eufemismo é como uma embalagem mais bonita e aceitável, do que dizemos ou escrevemos. Uma roupagem que permite a entrada de certos conceitos em ambientes mais sensíveis ou exigentes. No cinema, imagens são utilizadas como eufemismos: a morte é representada por um vento que faz esvoaçar as cortinas da janela, um pássaro voando ou um balão de gás que se desprende e sobe para o céu; a paixão ou o envolvimento sexual costumam ser representados pela chama de uma vela acesa ou pelo fogo crepitante de uma lareira.