Desde o momento em que passamos a
ocupar um lugarzinho especial no seio de nossa mãe, demos início a uma incrível
viagem pelo imenso espaço sideral. Ainda não conhecíamos a luz do dia. Passado
o período de gestação, ganhamos novo lugar sob a luz solar, junto a nossos pais
e familiares e aos demais humanos e viventes dos cinco continentes do mundo. Nosso
planeta Terra pode ser comparado a uma imensa aeronave. Cada volta que completa
em torno do Sol tem a duração de um ano (365 dias e 6 horas).
Enquanto perfaz seu caminho, a Terra gira em
torno de si mesma, num movimento conhecido como de rotação. Quando o lado em
que nos encontramos de nossa nave se encontra voltado para o Sol, vislumbramos
o céu claro e azul de horizonte a horizonte. Quando nossa nave se encontra
voltada para o lado oposto ao do Sol, temos a possibilidade de vislumbrar os
inúmeros outros astros e estrelas em suas respectivas constelações ou
nebulosas.
Além da trajetória em volta do
Sol, o conjunto de astros que compõem o sistema solar, percorre outros espaços
siderais. A curiosidade dos astrônomos, cada vez mais equipados com
instrumentais mais potentes, quase que diariamente traz novidades fotografadas
de lugares ainda não tão bem conhecidos. Uma amplitude que não para de aumentar
e, da qual, todos participamos de alguma forma, modificando-nos direta ou
indiretamente em nossas maneiras de pensar e de sentir.
As viagens possíveis de serem
feitas de um país para outro, de um continente para outro, transpondo mares e oceanos,
não se comparam com essa incrível viagem, na qual a aeronave é o nosso próprio
planeta. Engana-se, portanto, quem diz que nunca fez uma grande viagem. Todos
nós viventes, sem exceção, viajamos ininterruptamente. Nossa nave é muitíssimo
mais sofisticada do que os melhores aviões das maiores empresas aéreas
existentes em todo mundo.
O micro e o máximo não nos são
acessíveis sem o uso de instrumentos especiais. O reconhecimento da
coexistência destes como partes de nossa realidade de vida, nos inspiram a voarmos
em nossas imaginações e fantasias.
Por José Morelli